O agravamento das mudanças climáticas e seus impactos sobre populações historicamente marginalizadas exigem o fortalecimento de mecanismos que garantam efetivamente os direitos humanos. Segundo a Anistia Internacional, não existe justiça climática sem direitos humanos e soluções justas passam necessariamente pelo respeito, proteção e promoção desses direitos no centro das políticas ambientais.

Além disso, a exclusão de comunidades periféricas, migrantes ambientais e povos originários das decisões políticas amplia os efeitos das injustiças ambientais e sociais, demandando mecanismos de participação popular e acesso à informação nesta agenda. Eventos como esse criam oportunidades para qualificar o debate público e promover a mobilização social, estimulando o protagonismo das populações atingidas e reconhecendo suas culturas, trajetórias e estratégias de resistência. O evento será realizado no formato de painel, reunindo especialistas e representantes de movimentos sociais, que apresentarão suas experiências e análises em exposições sequenciais. Após as apresentações, será aberto espaço para diálogo com o público, incentivando perguntas, debate aberto e construção coletiva de propostas, com ênfase na articulação entre saberes acadêmicos, jurídicos e vivências territoriais. Espera-se que o evento contribua significativamente para ampliar a compreensão sobre a inseparabilidade entre justiça climática e direitos humanos, promovendo diálogos interdisciplinares e interculturais que potencializem a formulação coletiva de propostas e estratégias para o enfrentamento das crises atuais.